Dessa vez, exagerei
Exagerei e muito! Foram 10... ok, quase 10 anos de intervalo entra a última publicação e esta. Obviamente está fora de escopo resumir esse período—talvez em múltiplas publicações.
Agora preciso definir a partir de que momento retomo a minha história. De seis meses atrás? De um ano atrás? Acho mais prático vincular esta publicação ao meu esforço mais recente e, quando pertinente, trarei outras histórias mais para trás.
Faz sentido? Espero que sim, pois será assim que irei prosseguir quer você queira ou não. Minha casa, minhas regras.
O título da sessão a seguir é um pouco click bait, mas como você já está aqui—e este não é o título principal do texto—pulemos a reflexão sobre iscas e falemos sobre ir e retornar.
Falecimento e ressurgimento
Para minha infinita tristeza, minha avó descansou no início desse ano. Ela amava viver e viveu muito. Mesmo já bem mais fraca e com dificuldades na audição, ela não deixava de sorrir, de falar com alegria e passar muito amor em cada uma das, quase que diárias, ligações.
Tive muita sorte de ter avós inspiradores, mas a forma como ela encarou de frente a vida após o falecimento do meu avô, me fez a admirar ainda mais. Essa admiração ficou maior e maior ao perceber o quanto ela continuava curtindo cada momento, ainda que as dificuldades dos muitos anos de vida ficassem cada vez mais evidentes.
Falecimento já foi. Agora vamos para o ressurgimento—ainda que essa palavra fique melhor escrita do que falada. Já tentou falar res-sur-gi-men-to? Não rola bem na língua!
Inspirado pela minha avó, uma semana antes de seu falecimento, eu decidi que precisava mudar para poder viver mais... assim como minha avó. Ok, talvez não consiga tantos anos como ela, mas pelo menos posso tentar chegar perto, certo?
Um pouco antes de iniciar o mês de fevereiro, comecei a caminhar todos os dias perto de onde moro. Como é de conhecimento geral, apenas caminhar não basta e o ponto principal para perder peso é controlar a alimentação. E assim o fiz, sozinho, durante os primeiros dias.
Eis que para minha surpresa, um grupo na empresa onde trabalho lançou o desafio "Calmaaa, we are fitness!" para o mês de fevereiro. O desafio, com direito a prêmio, consistia em tirar uma foto todo o dia que fizesse exercício, independente do exercício, e publicar no chat do desafio. O primeiro a publicar deveria fazer alguma sinal com a mão. Pode ser o sinal de Ok, língua dos sinais, joinha, etc. Tivemos alguns sinais bastante inusitados, especialmente quando fizemos letras do alfabeto dos surdos-mudos.
Em termos de storytelling, aqui seria o momento de criar a tensão... onde o herói (eu) sofro um revés, uma dificuldade. Sabe quando o mocinho se ferra? Pois, agora seria um bom momento para isso. Mas... foi um mês sem dificuldades, praticamente. Eu estava completamente motivado dada a situação da minha avó e a energia positiva dos colegas de trabalho. Fiz exercício além do combinado! Acho que podíamos ter uma ou duas "faltas" por semana, mas acabou que fiz o mês de fevereiro inteiro, sem pular um dia sequer.
Cheguei a março com a energia a toda e cinco quilos a menos.
Estamos em maio, mas continuo sentindo-me renovado, reenergizado e esperançoso. É sempre bom ressurgir. Eu gosto.
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Os detalhes desse mês glorioso, quando perdi um tanto de peso, serão escritos em um outro local ou plataforma, pois eles têm relação com o "pensar em sistemas"—tema completamente fora desse blog. Ficou triste? Chora não que qualquer hora tem outro texto para você.
Beijo no coração e um abraço apertado. Até a próxima.
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